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Características gerais
Essas quatro espécies de microalgas se complementam perfeitamente devido à diferença de tamanho, mobilidade e composição nutricional. Temos Tetraselmis suecica, com tamanho de 10-14µm e mobilidade através de flagelos. Nannochloropsis gaditana, com um tamanho muito menor, em torno de 2 µm, sem mobilidade por si só, pequenas células redondas, sem teor de DHA, mas com alto teor de EPA, proteínas e carboidratos. Isochrysis galbana é uma microalga com células ovoides de 5 a 7 µm, com dois flagelos e rica em DHA, o que é muito benéfico para o crescimento e desenvolvimento das larvas e crescimento do zooplâncton. Phaeodactylum tricornutum é uma diatomácea com tamanhos que variam de 24-29 µm x 4-5 µm. Pode adquirir diferentes formas: trirradial, fusiforme ou oval. É considerado um litoral marinho,
O fitoplâncton é a base da cadeia alimentar dos oceanos e, portanto, de vital importância para todos os organismos que vivem em nosso aquário direta ou indiretamente.
Alimentar-se corretamente desde os elos mais iniciais nos permite ter um ecossistema mais equilibrado e melhor nutrido. Devemos tentar “imitar” ao máximo o que os organismos encontram em seu ambiente natural e o fitoplâncton é parte essencial para esse fim.
Valor nutricional
As microalgas contêm proteínas/aminoácidos, ácidos gordos polinsaturados (ómega 3), vitaminas, minerais, clorofilas e outros pigmentos, antioxidantes, enzimas,…
A composição em termos gerais é normalmente: proteínas (30-50%), hidratos de carbono (20-40 %) e lipídios (8-15%). Todas essas porcentagens são variáveis dependendo da microalga em questão e das condições de cultura que aplicamos a elas.
Vantagens que apresentam como alimento
Alimenta diretamente os organismos filtrantes e invertebrados que vivem no aquário, de forma a fortalecer o seu sistema imunitário, revelando a sua cor e despertando os instintos predatórios de quem dela se alimenta.
Os resultados não serão visíveis imediatamente, mas pouco a pouco veremos como a vida em nosso aquário marinho melhora com o tempo.
Quando usar fitoplâncton e para quê
As microalgas que não forem consumidas nesse momento desaparecerão com algum tempo, é importante não adicionar mais do que o necessário. Uma parte deles ficará presa à rocha viva e ao substrato, servindo de alimento para os organismos que aqui se encontram.
É importante notar que o fitoplâncton que colocamos no aquário não pode se reproduzir com o tempo. O fitoplâncton requer para seu crescimento e reprodução elementos que não encontramos no aquário. Principalmente um meio eutrófico (com alta quantidade de nutrientes) é essencial e o que buscamos ter em nosso aquário é um meio oligotrófico (baixa quantidade de nutrientes dissolvidos).
Devemos sempre começar com uma dosagem baixa e aumentá-la gradualmente de acordo com as necessidades do nosso aquário.
Contribui para a reprodução e manutenção do zooplâncton que introduzimos.
Corais (Tetraselmis suecica 20%, Nannochloropsis gaditana 30%, Isochrysis galbana 30%, Phaeodactylum tricornutum 20%)
É importante diferenciar entre corais hermatípicos e ahermatípicos. Nem todos os corais se alimentam da mesma maneira e por isso devemos aprender o básico para saber como alimentar cada um deles da melhor forma possível.
Ahermatípico: Corais moles que não geram esqueleto; Alimentam-se diretamente de plâncton e microrganismos (fitoplâncton e zooplâncton). É importante controlar alguns fatores na água, como cálcio, magnésio e oligoelementos, pois os corais se alimentam deles.
Hermatípico: Corais duros que geram esqueletos; Eles obtêm sua principal fonte de energia das zooxantelas (algas muito pequenas que vivem dentro do tecido coral em simbiose, na verdade são dinoflagelados que vivem em simbiose com as colônias de pólipos). Graças à fotossíntese, essas algas produzem açúcares que servem de alimento e fonte de energia para o próprio coral. Por sua vez, são essas algas que dão cor ao mesmo coral. Portanto, nesses corais a luz é muito importante, pois são parcialmente nutridos por ela e, assim, obtêm seu próprio alimento. Os pólipos se alimentam de bactérias, diatomáceas,... Um exemplo de coral hermatípico seria o acropora (corais SPS).
Reino: Eucariota
Classe: Eustigmatophyceae
Ordem: Eustigmatales
Família: Monodopsidaceae
Gênero: Nannochloropsis
Espécie: Nannochloropsis gaditana
- Tamanho 2-3 µm
- sem flagelos
- parede celular muito forte
- Crescimento rápido
- Alimentação de rotíferos e copépodes
- Usado na técnica de água verde para estabelecer fases iniciais na aquicultura
- Alto teor de proteínas e lipídios. Seu alto teor de EPA (ácido graxo ômega 3 eicosapentaenóico) se destaca.
Perfil nutricional:
- Proteínas: 52%
- Carboidratos: 12%
- Lipídios: 28%
- EPA: 37%
- ARA (ácido graxo araquidônico): 5%
Reino: Eucariota
Classe: Chlorodendrophyceae
Ordem: Chlorodendrales
Família: Chlorodendraceae
Gênero: Tetraselmis
Espécie: Tetraselmis suecica
- Tamanho 10-12 µm
- Possui 4 flagelos isodinâmicos que estão agrupados em um vértice apical.
- Ser maior e mais móvel o torna mais palatável para certos organismos (como corais duros).
- Alimentação de pequenos organismos como copépodes, rotíferos e Artemia salina. Amplamente utilizado na alimentação de moluscos e crustáceos.
Perfil nutricional:
- Proteínas: 36%
- Carboidratos: 12%
- Lipídios: 10%
- EPA: 4%
- ARA (ácido graxo araquidônico): 10%
- Ácido linoleico: 12%